Levamos o trio para fazer o teste da orelhinha a pedido do pediatra, pois ainda não tínhamos feito.... De início não apareceu problema algum com a Lara e a Pietra, mas na vez do Paulo Neto, não ficou constatada a presença da emissão otoacústica do L.D.
Portanto a pedido da fonoaudióloga, ela nos indicou a fazer novamente nos três, um exame mais aprofundado que se chama ORL e Bera, só através desse exame que iremos ter certeza e convicção de que algum deles possa ter alguma perda auditiva. Mas fiquei um pouco preocupado a respeito da forma que se faz esse exame, porque tem que sedar a criança, mas antes iremos conversar com o pediatra do trio se realmente terão que fazer ou se refazemos apenas o teste da orelhinha novamente.
O "Teste da Orelhinha", cujo nome científico é Emissões Otoacústicas Evocadas, é o mais recente método para detecção de perdas auditivas em recém-nascidos.
O exame é realizado por uma fonoaudióloga, na maternidade, aproximadamente 48 horas após o nascimento. Tem a duração de 3 a 5 minutos, e é realizado preferencialmente com o bebê dormindo. Não tem nenhuma contra-indicação e não exige nenhuma intervenção invasiva (uso de agulhas, sedação ou eletrodos).
O objetivo do exame é detectar precocemente a deficiência auditiva. Não avalia o grau da perda, mas é capaz de detectar possíveis alterações auditivas nos primeiros meses de vida, possibilitando uma intervenção precoce que propiciará à criança um desenvolvimento de fala e linguagem próximo da normalidade.
Através de um pequeno fone de ouvido, são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas da cóclea ("caracol" do ouvido) captam estes estímulos auditivos e mandam uma resposta de volta para o canal auditivo. Esta resposta é amplificada e registrada. Se o bebê passar no teste significa que há integridade das células ciliadas externas da cóclea e, conseqüentemente o bebê está escutando bem. Se o bebê falhar no teste deverá ser reavaliado após 30 dias. Se falhar novamente no reteste, será encaminhado ao médico otorrinolaringologista para exames complementares que diagnosticarão a deficiência auditiva.
Caso a deficiência auditiva seja confirmada, será iniciada a intervenção clínica-educacional (uso de Aparelho de Amplificação Sonora, orientações, terapia fonoaudiológica, etc.), a fim de que as dificuldades com a comunicação sejam minimizadas.
Dicas:
0 a 6 meses = O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
6 a 12 meses = Localiza prontamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado.
12 a 30 meses = Vai do início da primeira palavra (papai) até o uso de sentenças simples (dá bola).
Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque soa bonitinho. Se ela diz que o papai chegou de "calo", corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado.
Os indicadores de risco para a deficiência auditiva segundo JCIH - 2000 são os seguintes:
* Do nascimento aos 28 dias;
* História familiar de deficiência auditiva na infância;
* Sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva condutiva ou neurossensorial ;
* Anomalias crânio-faciais, incluindo anormalidades morfológicas do pavilhão auricular e conduto auditivo externo;
* Infecções intra-uterinas como citomegalovírus, rubéola, toxoplasmose, sífilis e herpes ;
* Admissão por 48h ou mais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal;
* Peso abaixo de 1500 g ;
* Hierbilirrubinemia ( em níveis que indiquem exasanguineotransfusão);
* Medicação ototóxica por mais de 48h, incluindo os aminoglicosídeos, associados ou não com diuréticos de alça ;
* Meningite bacteriana ;
* Apgar de 0 a 4 no 1° minuto ou 0 a 6 no 5° minuto ;
* Ventilação mecânica por período maior de 48h ;
Agora vamos torcer que depois desses exames realizados, possamos ficar mais tranqüilos a respeito da audição do trio.
E se Deus quiser não vai aparecer nada de errado...